Momento da Palavra: Medi(t)ação e Medi(c)ação
Na minha meditação de hoje, algumas letras voaram das palavras que me visitavam. Deve ser influência da leitura que fiz ontem no belo livro “Natureza da Mordida”, de Carla Madeira, sobre a arqueologia das palavras de Biá: “posso dividi-las como me aprouver, desprezar pedaços, inventar, acrescentar letras, subtraí-las ou me levar por seus sons como quem se entrega à correnteza de um rio manso” (pág. 43)”. Meditação perdeu o “t” e virou mediação. Meditei se poderia haver relação entre o “ato de pensar com grande concentração de espírito” e o ato de “servir-se de intermediário”, que é o que faz a mídia (media) para nos prover informação. Sem respostas, o ritmo da respiração me soprou a letra “c”, justamente onde o “t” voou.
Nessa hora, que Biá chama de “momento de graça”, o conhecimento deu lugar à poesia.
Meditar é medicar: é um procedimento de cura. Cura mediada pela respiração.
Ah, Biá, você tem razão: “como não amar as palavras que carregam na forma o bolo?”
Boa noite Roberto, adorei a leitura. Parabéns pela iniciativa!
Oi, Gustavo!
Passando para registrar seu comentário! Obrigado!
Roberto
Muito bom Roberto!A vida sem poesia? Não há mediação. Obrigada
Legal, Lúcia!
Obrigado pela força!
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