Minha esperança está na corda bamba. Diante de uma crise global sem precedentes, vejo solidariedade e alienação, afetividade e violência, amor e ódio. Aldir Blanc morreu de Covid-19 no Rio de Janeiro, cidade mais linda do mundo, mas à beira de um colapso no sistema de saúde. Dor pungente não pode ser inútil. Ficam seus versos, eternizados pela música de João Bosco, pela voz de Elis e tantos outros artistas que continuam com o show. Rosa me consola: “As pessoas não morrem, ficam encantadas”. E meu desequilíbrio vira dança. Na corda bamba, mas de sombrinha.
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Esperança equilibrista
Roberto Patrus
- | Seção Momento da Palavra