O confinamento social que vivemos tem dois paradoxos. O primeiro é etimológico. “Confine” em latim significa vizinho. Confinar é de-terminar (de terminar) o limite com a vizinhança. O segundo paradoxo é tecnológico. O fechamento de escolas e teatros é uma janela de oportunidade para abrir-se, por meio da internet, a todo mundo do mundo todo. Se confinamento é o ato de manter-se dentro de um limite, reinventá-lo é descobrir criativamente as possibilidades de superar o limite. Mais um paradoxo: o limite de-limita, mas nos convida a ultrapassá-lo. O que nos de-termina pode ser um começo.