Ausência não é falta. Drummond, por muito tempo, achou que era. Mas ele distinguiu uma coisa da outra. A falta é o vazio. Nada a preenche. “Não há falta na ausência”. Ela é “um estar em mim”. E pode ser assimilada. A ausência é a apropriação pessoal do mistério, fonte da liberdade de criar, rir e inventar exclamações alegres. Se a ausência está em mim, ela não me falta. E ninguém a rouba mais de mim. Nem do Drummond.