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Fazer-se ponte para superar os desafios impostos por rios turbulentos.

Quem é chefe, seja ponte

“Quem é chefe, seja ponte”
(aforismo galês)

É papel de quem exerce o poder, seja um líder na empresa, seja um governante, fazer-se ponte para superar os desafios impostos por rios turbulentos.

Atravessar um rio é perigoso. Escreveu Guimarães Rosa, em Grande Sertão: “A gente quer passar um rio a nado, e passa; mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais embaixo, bem diverso do em que primeiro se pensou”. A ponte torna a travessia mais segura. E viver é fazer travessias. Como agora, temos de construir a travessia para superar a pandemia. Quando o chefe é ponte, ele permite a muitos dizer, como poetizou Octávio Paz: “agora caminhamos na outra margem”. Construir pontes é papel do Estadista. No livro “Natura, a realização de um sonho”, escrevi com Betania Tanure (alguém que sabe se fazer ponte como ninguém), que o estadista vê além do rio, concilia os dois lados da margem, aproxima os que estão marginalizados, à margem. Como ponte, o estadista se faz Pontífice, aquele que une os contrários e permite a passagem da sombra da ignorância para a luz do conhecimento. “Quem é chefe, seja ponte”. Este deve ser o papel de quem exerce cargos de chefia.”

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