“Eu não tenho pátria, tenho mátria, e quero frátria”.
(Caetano Veloso, em Língua)
A pandemia é tão séria que até a noção de pátria precisa ser ressignificada. Temos de nos pensar como terráqueos. Pandemia tem na palavra grega “pan-” (todo, inteiro), a ideia de tudo. Trata-se de uma doença global presente em todos os continentes, com efeitos colaterais globais em todas as dimensões das relações humanas. Seu tratamento também tem de ser global. Salvar a pátria não vai adiantar se o mundo não se salvar. Há de haver uma coordenação global para conjugar os esforços pela cura. Precisamos ser cidadãos do mundo, e dialogar globalmente, como irmãos. Precisamos de frátria. A palavra, Caetano já inventou. Cabe a nós (e à ONU-OMS, espero) transformá-la em realidade. Fraternalmente.