“É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há”
(Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, na música “Pais e Filhos”, Legião Urbana)
Desde o filósofo Kant, o pensamento moderno passou a considerar o tempo não uma entidade objetiva, mas uma categoria do sujeito, ou seja, uma faculdade do ser humano de sentir a experiência. O antes, o durante e o depois são modos de perceber a realidade. Assim, o amanhã não existe como realidade objetiva. Por isso, em alguns botecos e armazéns, encontra-se o aviso: “Fiado, só amanhã”. Ele nunca chega. Quando chegar, o amanhã será o dia seguinte. Por isso, é preciso amar as pessoas, vivendo o eterno de cada instante e celebrando o milagre de estar aqui e agora com quem se quer perto. Amanhã, um de nós pode não estar lá.”