A espera do apaixonado pelo ser amado é como uma peça: Prólogo: o outro se atrasou – olho o relógio várias vezes. Primeiro ato: estou ansioso com o atraso – será que há um mal-entendido quanto à hora e ao lugar marcados? Segundo ato: cólera – ele bem que poderia ter avisado ou atender esse telefone! Terceiro ato: abandono: ou ele me esqueceu ou morreu. Se o amado chega no primeiro ato, a acolhida é calma. Se chega no segundo, há uma “cena”. Se chega no terceiro, há um alívio celebrado como ação de graças. Este é um dos “Fragmentos de um discurso amoroso”, de Roland Barthes. Vale a pena ler!