Comentário:
 A angústia é um mal-estar sem objeto.
 O medo tem um objeto.
 A raiva é uma reação ao medo da angústia.
 O falso-amor e a percepção parcial da necessidade de responder de forma civilizada à dependência afetiva ambiente
 O amor é a forma civilizada de lidar com a dependência afetiva do ambiente.
Diálogos:
ANGÚSTIA
 –  Mãe, fica comigo!
 –  Estou aqui!
 –   Mais pertinho, Mãe. 
 –   No colo, assim?
 –   Aham.
 –   Que foi, minha filha?
 –   Não sei.
MEDO
 –   Mãe, fica comigo!
 –   Estou aqui! Que foi, minha filha?
 –   Não quero ficar sozinha. Você me faz companhia?
 –   Claro!
 –   É que estou com muito medo desse vírus.
RAIVA 
 –    Mãe, me deixa!
 –    Que foi, minha filha?
 –    Cansei de você toda hora pertinho de mim! Me deixe sozinha!
 –    Tá bom! Tá com raiva de mim?
 –    Não, Mãe! Tô com raiva de não poder fazer nada para acabar com esse vírus!
FALSO-AMOR
 –    Mãe, você me ama?
 –    Claro que amo!
 –    E o papai?
 –    Papai também te ama! Por que isso agora?
 –    Quero muito me sentir amada para não sentir a raiva, o medo e esse vazio dentro do meu peito!
AMOR
 –    Mãe, você pode vir aqui?
 –    Estou aqui. Que foi, minha filha?
 –    Já que não podemos sair de casa, vamos jogar baralho?
 –    Sim, vamos! Está melhor? 
 –    Sim. Continuo com medo e com raiva desse vírus, mas resolvi aceitar a realidade.
 –    Que bom! Você dá as cartas?
Baseado na Teoria Psicoterapêutica Analítico-fenomenológico-existencial. (BRASIL, 2015, v.2)
